Um dia...
(estava escrito nas estrelas,
haveria de acontecer)
...
Era uma noite plena de magia,
(o Céu deitado com a Terra,
o mundo virado em melodias)...
Foi nessa noite linda
que o poeta conheceu a sua antiqüíssima poesia.
Amor e paixão a perder-se de vista!
Sons de mantras, sinos, hinos, vinho...
No caldeirão, doce ilusão fervilhando,
e a poesia, dos perigos da ternura,
nem se tocando...
Era mágica e linda, realmente,
essa noite longínqua do vida à fora.
mas, lá pelas tantas,
inexplicavelmente,
entre deuses e deusas conspirando,
o poeta pegou sua cruz e zás!
foi-se embora.
Não percebeu a joaninha amarela
pousada em sua lapela,
nem ouviu o seu pedido:
- Poeta, larga essa cruz
e vem comigo.
*Carmen Regina
*