Beijo o poema alheio e toco meu ser interno.
Há tantas borboletas nas entrelinhas...
Lá vem primavera correndo pela estrada dos versos,
desejosa de esparramar-se em cores e pétalas
nos jardim de inverno.
As madrugadas sussurram no ouvido das fadas,
as pedras despertam em aromas sutis.
Montanhas de nada preenchem o imenso vazio
entre o poema e as mãos do poeta.
A poesia flutua na maciez do grande vácuo
entre as palavras e os sentidos.
Na ponta de cá da gangorra de nuvem
Eros e Anteros brincam de esconde esconde
entre as macieiras.
Eros e Anteros brincam de esconde esconde
entre as macieiras.
Do lado de lá, na outra ponta da gangorra
sobre o abismo,
sobre o abismo,
pena fina entre os dentes, o poeta na alma sorri.
Porque tudo é incrível.
@carmenrdias
postado inicialmente em 22 de abril 2009
editado para twitter em 26 de fevereiro 2011
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postado inicialmente em 22 de abril 2009
editado para twitter em 26 de fevereiro 2011
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