“Lá vem ele,
poeta na alma, poesia no olhar,
versos nas pontas dos dedos;
Um zás! Asas de borboleta a farfalhar,
sabiá laranjeira a cantar e,
sinta! Ah!
Espera! Senta aqui comigo,
vem ver a celebração do luar,
vem ver a celebração do luar,
o manto dourado caindo sobre os ombros da noite,
colar di amantes cintilando no pescoço do horizonte...
O céu é a tua boca, pura estrela.
Nessas horas o sertão vira mar, seu moço.
Cola o ouvido no caramujo e ouve:
É o marulho das ondas,
sereias cantando, o poeta sonhando
à beira do a mar.
*Carmen Regina