by DOlores Jardim
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Doçuras de poeta...
Querida amiga,Carmen!
Conforme autorização abaixo expressa vou homenagear 10 blogues,
um deles o teu:
Estou deixando o singelo prêmio a baixo, que o
Portal Antônio Poeta
optou por me oferecer, para que o poste em seu (s) Blog (s)-Site (s),
se assim julgar conveniente.
Essa iniciativa de reconhecimento ao teu trabalho,
está fundamentada nos princípios;
critérios da eficiência no tocante a harmonia do designer
e do lirismo do conteúdo do seu Blog/Site.
Outrossim, ficas tu autorizada a repassá-lo
a outros dez Espaços Web’s de sua escolha, óbvio,
que baseado nos mesmos critérios,
que tal prêmio te foi conferido.
Com muito carinho!
Dolores Jardim
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
poesia
Não fosse ela, que vive em mim
e por um nada me escapa,
essa que me põe em harmonia...
Nem sei o que seria.
Quando está aqui olho para as coisas
vejo a magia concreta de tudo.
Põe-me a olhar e a ver
a cor que não estava lá
o som que ninguém ouviu
a geometria da luz dançando no ar.
Ela pousa leve, vibra suave...
Não fosse essa que não sei ser ainda,
indo e vindo, ondulando-se,
e me fugindo...
Não sei o que seria.
Nem desejo saber...
Possui ares de rainha,
Sábia, feliz e caprichosa...
Absoluta em seu existir.
Mora dentro da minha alma,
Embriaga-me com o seu sagrado elixir
E, do nada, sem avisar, se vai.
Até quando...?
carmen
o vento, sempre ele, fúúúúúúúúúú...
O vento
(imagem by site Devian Art)
O vento soprando aqui é o mesmo
que o beduíno deseja que sopre no calor do deserto...
Os galhos da flamboyant se agitam, bailado a céu aberto...
O mar, suas ondas, o ronco dos navios,
o perfume de maresia, areias conchinhas, siris...
nunca esteve tão perto.
A rosa rubra observa, é seu dharma,
a brisa sopra, fúúúúú...
Sementes germinam no é ter no...
O poeta de lira e toca suas canções.
Sonham as flores no jardim,
- Netuno no ar do sonhar semeia ilusões... ?
carmen
tumtum tumtum tumtum tumtum...
O Relógio dos Instantes
Quisera poder parar o relógio do Instante,
Cristalizar sentimentos e emoções desta hora,
Torná-los em rocha, dura, rígida, imóvel, milenar,
E nela esculpir a rosa dos ventos para ti dar.
Quisera... Mas o vento sopra, levanta folhas do chão,
... ah, eu sei, novos sentimentos virão
e serão ainda mais sutis e delirantes!
Respiro fundo e digo a mim mesma: poeta, avante!
Fixo o olhar no horizonte: - onde andarão agora
aquelas montanhas brancas, macias e suspirantes
que me encantavam há instantes?
Vejo dragões e renas puxando trenós no infinito.
Pisco os olhos, e lá já não estão – que me dirá meu coração?
- Jamais vi um azul de céu tão bonito...
carmen
(imagem by site Devian Art -maravilhosooo!)
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Pétalas na estrada....
"Cobri a estrada
com tapete infinito de pétalas macias
para o poeta pisar,
levar poesia para ver mar,
mas ele dorme,
como se as estrelas fossem eternas,
o fogo, inextinguível,
e o perfume das flores sem fim.
Que faço sem meu poeta...
Não chamarei o sábio,
a sós com seus livros que sabe ele de mim?
Tudo ao redor adormeceu
mas a flor que perfuma a boca do abismo continua desperta,
como eu, que caminho perigosamente sobre ele.
Tudo ao redor é breu."
carmen
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
borboletas, bolhas de sabão. por do sol.
O eterno no colo do infinito,
a alma da poesia no peito do poeta.
Vidas e vidas condensadas em versos
jamais dispersos,
essência rara flutuando no éter.
Tudo o mais, bolas diáfanas, sutis.
Tão lindas em suas tangências,
leves, breves, multicores...
Beleza comparável à beleza das flores!
Nossa História.
Como nuvens branquitas
ora montanhas, ora dragões, ora anjitas,
universos impermanentes
póf! póf! e póf!
Tudo o mais são lendas que os deuses contam
para as criancinhas do Éden
para fazê-las ninar... e sonhar...
iguaria sem igual.
Nossa história, best seller na estante celestial.
E o mais... Poesia preternatural...
furo no escuro
Docinha
As sombras mentem,
o furo no escuro desmente.
O que era azedo limão adoçou meu coração.
Agora não vazo, escorro lentamente
como nas colméias...
Nada é como parece ser, apenas o amor,
o amor é tal e qual, dourado,
puro ouro em mim reluz,
neste instante e tão somente nele
quero ser-te.
Tua beleza me seduz
Quero ser teu ser amado.
carmen
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
na boca da noite
já tenho um céu
as musas me amam
e dionísio também
devo estar numa colméia,
nadando em mel...
os céus se tocam em pleno ar,
encosto os lábios nos ombros da noite
e o perfume de jasmim entontece as flores da pele,
o jardim inteiro arde,
Chamas,
o mar de lava varre os labirintos,
o vento nos cabelos das palmeiras é um açoite...
imagem Gala, de Dali....
noite a dentro...
Fecho os olhos, a noite se cala.
Não há nada que não seja sentido.
Sinto. Ah!... primeiro o incenso,
saboreio o espiritual;
Agora, a mansidão da chuva,
algum ruído incidental
e o zumbido intermitente do éter no ar,
milhões de cigarras em uníssono, mantra,
a noite do universo dentro da minha cabeça.
Conflitos e contradições emergem...
Que sei eu do que será em seguida ao espanto,
se já quase nada me espanta?
Maravilho-me diante do inesperado...
As palavras que me tocam despertam a loba
morta de fome.
Acorda o poeta no mundo dos sentidos.
carmen
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Agora....
com o toque sutil de poesia.
Por tanto, espero.
Quem sabe ela vem, meu precioso bem...
Ó alma, que chega e me acalma...
De loba a quase fada, de repente, estou encantada,
Depois, sei não... me dirá o coração
quando chegar a hora.
Por ora quero tocar este presente
antes que se vá embora.
E que o presente me toque
e me leve no reboque de suas asas
de volta pra casa.
*Carmen Regina
Palavras de poeta...
Na verdade nem precisaria dizer nada,
Bastava uma reticência, uma ilustração,
e ponto final.
Mas não, ela tem de escrever,
Precisa dar voz às palavras caladas,
Condenadas ao paredão pelos equívocos
do bem e do mal.
O poeta quer falar? Pois venha!
O papel é todo seu, faça uso da caneta
Diga tudo que quiser, seremos seu porta voz,
Vamos, confie em nós!
Sejam suas as palavras,
Seja seu o sentimento, é todo seu o momento.
Depois leia o que escreveu, já não é somente seu,
E está livre das amarras.
carmen
noite alta...
Noite alta
Maior silêncio, apuro ...
Ouves o zumbido do éter?
Nenhum outro som,
Apenas o latido distante de um cão...
Alguém tropeça na rua,
A pedra rola,
Eu penso nela,
O zumbido agora é um turbilhão.
Que dirá meu coração...
Tão terno, não sabe pensar,
Mas sabe se proteger.
Coração materno...
Quem precisa tanta proteção?
Diz aí meu coração...
O amante deseja aventurar-se,
O que temeria? Ah, tão bela poesia...
Queria dizer com fervor:
“Eu confio em seu amor.”
Diga lá meu coração....
carmen