A chuva vai caindo cristalina e delicada
tecendo cortinas sem fim com os longos fios de seda
que descem suavemente do céu ao chão
enquanto milhares de gotas cintilantes flutuam no ar
como num sutil bailado, e a coreografia das energias vai desenhando
mandalas diáfanas e pulsantes,
bordando conchinhas brilhantes
ao longo do tecido das águas...
Uma brisa suave toca-as mansamente
e elas apenas se tornam mais ovais
e quando a brisa para de soprar
elas voltam a ficar arredondadas
feito bolinhas de sabão, ao alcance das mãos.
Detém-se o meu olhar sobre uma delas
e, ...plóf!
e outra, tow!,
e mais uma, pow!
E mais essa, póf!...
Carmen Regina Dias
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