terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Na ponta da língua




Assim,
meio sentada
meio deitada,
...
in com seqüência...

Queria abrir a janela mas,
essa indolência gostosa,
essa malemolência...

Lá fora a lua está tão bela,
triângulo amoroso dos deuses,
idílio entre as estrelas...
Ah, não posso ir para a cama sem ela...

Mais um momento de fuga, de lassidão,
que calor!
Na verdade nem sinto,

Se disser que me incomoda,
minto,

Daqui a pouco durmo e vou,
para mundos que nem sei...
E quando acordar,
sonhei...


E ela vai estar na ponta da língua,
docinha,
Mil rimas no colar.

carmen

2 comentários:

Anônimo disse...

Divino,faz-me lembrar Fernando pessoa com as sua duvidas.....formidável o talhar as palavras lindo e poesia como a sua e de devorar ate ao fim,não pare nunca....atrevo-me a mandar bjs.

Carmen Regina Dias disse...

Já estou gostando muito de Anönimo me lendo...
É um estar no paraíso enquanto leio.
Já estou perto de sentir a doçura de seu beijo.
Pois só vë doçura em um escrito
quem a tem na ponta da língua, digo,
da alma, melhor, dos dedos.