quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

noite a dentro...

Noite adentro

Fecho os olhos, a noite se cala.
Não há nada que não seja sentido.
Sinto. Ah!... primeiro o incenso,
saboreio o espiritual;
Agora, a mansidão da chuva,
algum ruído incidental
e o zumbido intermitente do éter no ar,
milhões de cigarras em uníssono, mantra,
a noite do universo dentro da minha cabeça.

Conflitos e contradições emergem...
Que sei eu do que será em seguida ao espanto,
se já quase nada me espanta?

Maravilho-me diante do inesperado...
As palavras que me tocam despertam a loba
morta de fome.
Acorda o poeta no mundo dos sentidos.

carmen

Nenhum comentário: