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A flauta do amor
Era dentro de si que ela estava,
o tempo todo ali,
flauta invisível, sutil melodia
tocando dentro de si.
Canção predileta dos deuses,
todavia, não se a ouvia,
seus ouvidos voltavam-se pra fora
e, fora, ele se perdia.
Vagou por ermos inomináveis,
dormiu em colos febris,
queria tudo, e tudo era nada...
Perdeu-se na estrada,
Era dentro de si que ela estava,
o tempo todo ali,
flauta invisível, sutil melodia
tocando dentro de si.
Canção predileta dos deuses,
todavia, não se a ouvia,
seus ouvidos voltavam-se pra fora
e, fora, ele se perdia.
Vagou por ermos inomináveis,
dormiu em colos febris,
queria tudo, e tudo era nada...
Perdeu-se na estrada,
E, agora, retorna, poeta na alma,
como sempre se quis.
Della Saura
5 comentários:
apenas um teste...
muito bom o poema mãe...
beijos
Fugaz
Não sei se vou,
Não sei se fico,
Não sei se divido
Ou se multiplico.
Dois passos a frente
Andando em círculos.
Dê-me o prazer dessa dança?
Tenho dançado sozinho!
Vida intricada,
De estranhas tranças.
Por onde começa
Ou termina o caminho?
Escolhas tantas,
Que o olhar se perde.
Coisas mundanas e santas,
Basta ler o jornal,
Monitor de vídeo,
Bola de cristal
Numinoso destino
Frugal e passageiro
Onde vai parar?
No gesto...
No corpo...
No silêncio
Que silencia
A palavra no Ar...
E quanto tempo, não se perde, procurando fora o que se encontra dentro. Mas quando se encontra dentro um poeta, une-se arranjo e melodia. A canção se completa. A maior dificuldade de encontrar o poeta, é que quando se perde, se perde dentro de si mesmo.
Parabéns, poeta, pela poesia!
Abraço-poema,
jj
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