Somos como as árvores,
Juntamos folhas e flores nas ramas.
Um belo dia o outono vem
e seca-nos, indiferente.
Folhas e flores e frutos caem.
Vão ao chão nossas fátuas chamas.
Entretanto, ficam as sementes.
Ó Terra das delícias
a ser cultivada com amor
e adubada com carícias...
Mas, ah, vive-se distraído,
o sono que não se sabe nos separa,
o medo colado às células nos fragiliza,
Ficamos vulneráveis.
E o presente nos é roubado.
Esquecidos da nós deixamos escapar
a joia preciosa do instante,
aquela da coroa do rei...
As cigarras gritam na noite escura:
- Despertai poetas, despertai, despertai...
No inverno despertarei...?
Carmen Regina*
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