quinta-feira, 7 de julho de 2016

AMADO MESTRE




Amado Mestre

Abre-se este dia ao sabor da Tua Poesia.
Afasto as cortinas o tempo e contemplo
a nudez dos Teus versos.
Alongo os braços e toco 
as vestes  deste poema tão Vosso.


Todavia, apenas relo, apenas o apalpo
como pássaro tocando nuvem,
colibri beijando aura de flor.

Abro este dia com Vossas ternas palavras.
Filha do fogo, do éter e da ternura transbordo,
águas salgadas cercando a ilha de mel
onde nasce o riacho mínimo que sou.

Sintam-se Vossos pés beijados

pelo poema criança, 
que se levanta no jardim da infância 
para ouvir o e terno som da Tua flauta
sob as macieiras do Éden.

Carmen Regina*




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