Amado Mestre
Abre-se este dia ao sabor da Tua Poesia.
Afasto as cortinas o tempo e contemplo
a nudez dos Teus versos.
Alongo os braços e toco
as vestes deste poema tão Vosso.
Todavia, apenas relo, apenas o apalpo
como pássaro tocando nuvem,
colibri beijando aura de flor.
Abro este dia com Vossas ternas palavras.
Filha do fogo, do éter e da ternura transbordo,
águas salgadas cercando a ilha de mel
onde nasce o riacho mínimo que sou.
Sintam-se Vossos pés beijados
pelo poema criança,
que se levanta no jardim da infância
para ouvir o e terno som da Tua flauta
sob as macieiras do Éden.
Carmen Regina*
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