Até começar a beber da taça dos mortais.
Agora, cultiva ervas daninhas,
agora, destila sua própria cicuta.
Não sabe o mal que se faz.
Pobre anjo!
Não resistiu ao chão movediço
de suas criações.
A alma apagou a luz e ele dormiu.
Ainda dorme, pobre anjo!
Enquanto dorme, nutre fantasias e ilusões.
Já não sabe estar sozinho.
O anjo, agora, é multidões.
Carmen Dias*
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