Corro atrás do Sol.
Ele brinca, quer folguedos,
despista,
se esconde na nuvem cinzenta...
- E hoje eu nem queria brinquedo.
Tanto frio, - quem agüenta?
Agora nem tanto, mas,
quando o Sol se cansar da correria do dia,
vai se deitar no quentinho e,
sabe, o bom velhinho?...
sabe, o bom velhinho?...
É tão friorento
por dentro...
Sim, porque agasalho, ele têm!
Se ele fosse meu vizinho
não ficaria sozinho,
inda mais agora
que ele tem também
....a neta esperando neném,
- E já não cabe em lã tão rala...
Mas ele não reclama, não fala,
não revela o seu querer;
reza pra criança nascer
num dia ensolarado.
Pudera estar do seu lado!
(- licença, amigo, to chegando...)
Construindo um novo tempo
a gente riria um bocado
e as agruras da vida
por certo,
por certo,
tornar-se-iam passado.
Carmen Dias*
3 comentários:
Saudades da minha família, esse poema me trouxe um ar de nostalgia sabe? Mas, uma saudade gostosa das coisas, talvez até coisas que nunca tenha vivido, mas que...bom, enfim..nostalgia! Beijo Carmen!
Uma das coisas mais bonitas que li.
Faz gosto ver como dançam as poesias aí, dentro de ti.
Parabéns amiga.
Meu Deus, vc continua linda!
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