terça-feira, 3 de novembro de 2009

o retrato dela...

imagem do site olhares aeiou



O MURAL


Pelo olho de vidro pode ver:
os mesmos papéis,
os mesmos recibos
as mesmas anotações;
os mesmo alfinetes
contemplando o saber
rigorosamente encapado,
em tomos, lado a lado.
Mas a imagem dela,
símbolo da anunciação de posse,
já não estava lá.
Havia um aroma desconhecido
circulando nos aposentos.
Isso pode sentir
na voz do ser amado.
A rosa, antes viçosa, murchou,
o perfume de lírios evaporou.
E o que era encanto tornou-se
um mar, frio e distante.

Samara Lamat

3 comentários:

Manuel da Rosalina disse...

Grato, Carmen pelo seu comentário!


Sou,
apenas um simples homem,
que tem a loucura de um poeta
e que teima em olhar as estrelas
e o mar.
Tudo o que se pense
para além disto,
não é de mim...

Abraços-poema,

jj

Manuel da Rosalina disse...

Neste mar,
de eternos marinheiros
e de poetas
escondido nas profundezas
do espírito,
onde se recolhe o Sol
à meia-noite,
bem debaixo dos pés
do tempo e do mundo,
com colunas milenares
de lembranças,
fortes,
de emoções e de acalmia,
espreita o negrume
e se agitam ondas
de descrença,
ameaçando o deus da revolta
e dos ventos de liberdade
a transcendência e o caos,
a subida descontrolada
de marés,
até ao cimo do céu, onde,
reina o absurdo
e a utopia,
e Cronos se voltará a esforçar,
até que das margens do poder
inundadas e varridas
em todo o Inverno,
nasça um cardume de coragem
e de saber,
num prometido ponto vernal, qualquer,
que conduza a barca do Império,
além Finis terrae,
à descoberta de sensatus humanus
mar do Universo.

Manuel da Rosalina

Este poema não está terminado. Mas gostaria que o lesse olhando para o mapa de;

5 de Outubro de 1910
10h52
Lisboa

abraço-poema,

jj


P.S. - Não consigo ler os seus poemas codificados. Não os consigo colar na página de texto (deve ser um problema do meu PC)

Manuel da Rosalina disse...

Estou no Facebook.
Ainda não domino. Não tão interessante como o Orkut.

Uma boa semana!

bjs,

jj