Não se engane com meus termos
não são empíricos,
não são palpáveis
Meus termos não são deste mundo
eles se desenrolam em universos paralelos
surdos aos que só desejam entender
Eu pego o fio no novelo dos sonhos
nem bem abro os olhos para o sol
saio bordando os instantes
À noite, com ou sem luar
coloco os termos pra sonhar
E eles despertam, saboreáveis
feito poemas
3 comentários:
Adorei a sua POESIA e também gostei da criativa instalação de Antonio Carlos Machado. Complementa os "Termos da Poesia", que em sua beleza, não se encerra como remate ou conclusão no espaço e no tempo. Como é bom saber que as palavras, os termos, não precisam estar rigorosamente definidas, designando um conceito próprio ou determinado, se a poesia nos oferece a possibilidade desvelar novelos e sonhos? MUITO LINDO! GOSTEI DEMAIS!!!
Sinvaldo, ó eu aqui saboreando os seus termos, Poesia de boca aberta
diante da magnitude de sua colocação:
a poesia nos dá a possibilidade de desvelar novelos e sonhos.
Isto, não tem preço,agradecida.
Esses universos paralelos que estão ligados por um fio, só com grande sensibilidade, como a tua, para conseguir penetrá-los e apresentá-los a seletos viajantes.
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