sábado, 9 de março de 2013

Agromansâo monsanto






Eu vi a mansão  plantada no campo de soja.

As cortinas das janelas balançavam ao vento,

as crianças brincavam ao redor da piscina,

a jovem senhora amamentava o seu bebê. 

Ela era toda ternura.


Enquanto isso, 

o avião monomotor, 

como um deus da chuva,

jorrava generosamente, como bênção, 

um liquido esbranquiçado sobre a plantação.

(Seria  Monsanto, Syngenta, Bayer, Pfizer,  Dupont?)

Sei não.


Só sei o que ela me disse: -Não tem cheiro.


(Inocência?)

Só sei  o que eu vi.

Inconsciência.


Carmen Regina*





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Um comentário:

Jeferson Cardoso disse...

Oi, Carmen! Cada vez mais, monstros de nossa própria criação. E no final de tudo ninguém estará salvo das pragas. Quem são as pragas mesmo? [sorrio] Com tempo, deixe sua impressão no meu http://jefhcardoso.blogspot.com Ficarei honrado!