quarta-feira, 19 de junho de 2013

a flor do asfalto ...




E eis que lobos famintos invadiram
e devoraram
A Arte da Guerra, 
apropriando-se das idéias do Sábio,
ultrajando e vilipendiando a sua sacralidade.

Pelo poder
de gestos, palavras e atitudes 

obscureceram

a beleza da flor 
perfumosa,
na plenitude do frescor, 
que abriu suas pétalas no asfalto.

O jardineiro, atônito, 
abraçado às borboletas, abelhas e beija flores, 
chora a cegueira e o equívocos das turbas.
Alma solitária, soluça o pesar daquela gente humilde
que o comove ...



*Carmen Regina

2 comentários:

carlos disse...
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Anônimo disse...

Carmen, querida

É tão bom depois de um tempo ausente da internet encontrar-me novamente com a sua poesia, sempre tão bela, inspiradora e cativante.

Continues a plantar flores no asfalto, a semear poesia, haverá sempre um jardineiro que avistará os brotos.

Um beijo