domingo, 14 de novembro de 2010

meus termos

OS TERMOS DA POESIA* 
 Não se engane com meus termos 
 não são empíricos, 
não são palpáveis 
Meus termos não são deste mundo 
eles se desenrolam em universos paralelos 
surdos aos que só desejam entender 
Eu pego o fio no novelo dos sonhos 
 nem bem abro os olhos para o sol 
saio bordando os instantes 
À noite, com ou sem luar 
coloco os termos pra sonhar 
E eles despertam, saboreáveis feito poemas

3 comentários:

Sinvaldo do Nascimento Souza disse...

Adorei a sua POESIA e também gostei da criativa instalação de Antonio Carlos Machado. Complementa os "Termos da Poesia", que em sua beleza, não se encerra como remate ou conclusão no espaço e no tempo. Como é bom saber que as palavras, os termos, não precisam estar rigorosamente definidas, designando um conceito próprio ou determinado, se a poesia nos oferece a possibilidade desvelar novelos e sonhos? MUITO LINDO! GOSTEI DEMAIS!!!

Carmen Regina Dias disse...

Sinvaldo, ó eu aqui saboreando os seus termos, Poesia de boca aberta
diante da magnitude de sua colocação:
a poesia nos dá a possibilidade de desvelar novelos e sonhos.

Isto, não tem preço,agradecida.

poesiasmartinspescador disse...

Esses universos paralelos que estão ligados por um fio, só com grande sensibilidade, como a tua, para conseguir penetrá-los e apresentá-los a seletos viajantes.