sábado, 23 de outubro de 2010

desejos

Madrugada

Choram os desejos
 como gatos no cio,
quais  bebês pedindo seio
desejam ser amamentados.

Felizes os que acalmam
o pranto dos desejos
com  poemas de amor e paixão.
Eu, não.

 Eu deixo que chorem a noite inteira,
Não vou dormir,
 de qualquer maneira,



Viro para o lado,
espero
até que o poeta se sinta desejado.


Carmen Regina*
@carmenrdias 


foto do Google

3 comentários:

Vinicius Pereira disse...

Madrugada, poema, vento que sopra molhado, bate na janela, respinga em meus olhos fechados. Madrugada, poema, leio as margens de um fundamento primário, oriundo da nau da vida, silenciado após o poente, livre, curvo, desorientado. Madrugada, poema, arte que cala o tempo, para a constância, nulo movimento que é sêmen, que é nascimento, que é história. Madrugada, poema, estes versos teus que sustenta a folha de um pensamento de poeta, prelúdio cortez.

Fredes de oliveira souza disse...

SATISFAÇÃO...
QUANTOS DESEJOS HEIN
PASSAMOS A VIDA DESEJANDO, ALMEJANDO, SONHANDO MAS MUITAS VEZES NÃO PERCEBEMOS QUE ISSO NÃO É O BASTANTE.

antes que a natureza morra disse...

Lindo...lindíssimo ! Parabéns !
Lindo e sensitivo blog !

Beijo

James Pizarro