terça-feira, 3 de maio de 2011

O que há






O que há, poeta de doces palavras,
infiltrado no recheio de teus versos,
que desce em torrentes por minha garganta,
entra na corrente sanguínea
e me põe assim, nua, mínima e vulnerável ?


Qual avalanche de pulsar inexplicável,
derramas em meu olhar tuas rimas macias,
desfazes meus castelos de areia,
tornas em pó meus ídolos reluzentes e, 
sem sentido minha poesia.


Ó, poeta de súbita  inspiração,
olha dentro dos meus olhos e diz:
- O que há na consistência sutil do teu poema,
que me inebria a alma e,
num instante que me sabe eterna,

faz-me esquecer quem sou?


Mergulho em teu poema.
E afogo-me em minhas próprias águas...
Eram sem sal, até que me viesses, em ondas,
ora com gaivotas brancas em céu azul,
ora em procela do fim do mundo..
.


carmen
imagem tela de Max Ernst

7 comentários:

Lu disse...

é tão bom quando a poesia fica a semear suspiros na pele. bacio

Bruno H disse...

É você mesma que faz seus poemas? Se for você é uma poetista nata que deve procurar algum jornal ou coisa parecida para elas serem publicadas. NOW

Suas poesias trazem para a gente profundidade e isso é uma coisa MUITO importante.

Felipe te citou em um dos textos deles.
Poderia me seguir, ler, comentar e depois me falar pelo Twitter o que achou do meu blog?

http://brunohtlxinutilidadepublica.blogspot.com/

Boa Sorte e continue!

Vinicius Pereira disse...

Como sempre, a melhor!

Francys Oliva disse...

quando a poesia inebria a alma é porque ela conseguiu alcançar o seu objetivo.
bjs.

Michele disse...

Amiga adorei seu blog sua cara

odila-garcia disse...

O que há no coração dessa poeta que nos embriaga com suas palavras doces e encantadoras, levando-nos ao êxtase?
Beijo

Anônimo disse...

parabéns Carmen, lindo, maravilhoso seus poemas :D