quinta-feira, 28 de maio de 2009

amar você



Te amar


Adorar é muito mais que amar,
Adorar é ter você num altar
Te cantar, te louvar...
Te oferecer flores...
Toda hora, todo dia... 

Namastê!

Deitar com você e te amar.
Beijar, beijar, beijar, beijar,
Acender todas as estrelas do teu céu...
Sentir teu perfume, tua vibração
Toda hora todo dia
O mundo virado em poesia... 

Namastê

Um beijo, uma poesia, mais um beijo,
Mais uma poesia...

Milhões de beijos... 

Carmen Regina*


quarta-feira, 20 de maio de 2009

Revolução venusiana à vista...



















imagem by site fotográfico olharesaeiou


Sol em Vênus




Quando a estrela Dalva surgir no céu
uma outra página se abrirá
ao poema sem fim.
Nova poesia irá nascer .


No momento, parto,
parto-me, e voo, em pedaços,*
desfolho-me em pleno ar,
ou me deixo submergir
nas águas que correm
cá, dentro de mim.


O poeta não sabe escrever.
Muito menos o sábio.
Chamem-se as crianças,
Deem-se-lhes papel, lápis de cor,
giz de cera, guache e pincel
Convocai as fadas e os anjos
E esse bardo de lama e névoa
Há de virar o próprio céu.


Aguardo, as contra ações são inevitáveis ...


carmen

* Ao Teatro Mágico...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ao sol, poeta...

Eis que pouso no galho de vossa figueira celestial
para melhor apreciar Netuno, lá longe, mar a dentro, sereias ao redor....
Tridente na mão, ilusões caminham sobre as águas, partem em direção ao poeta,

que as vai tocando e torneando em seus sentires e pulsares que, ao final,
se debruçam no papel
e viram palavras ao léu.
Mas ao poema não são mirações, são




Presságios


Minha alma salta pela janela.
Estreito os olhos e vejo um punhado de lembranças
revolvendo-se nas areias ao pé do mar.


Um sonho...
Antes, era um deserto pulsante,
Agora sou vazante.


Quando se verá o vôo do pássaro na imensidão do céu?


Ouço vozes, sons interpenetrantes.
E meu sentir vai ganhando forma e substância .


Assisto cenas antigas e recentes que se misturam
e se entrelaçam, qual aranha tecendo a teia,
no limiar da imaginação.


Deja-vu de poeta?
Pressinto que ainda se verão essas cenas nas asas do pássaro,
lá do alto...



carmen.

domingo, 17 de maio de 2009

mestre...

Mestre, meu Mestre querido,

Meu herói das aventuras de eu menina...
Sois o corcel dourado que galopo feliz nas campinas
que se abrem infinitas aos meus olhos sedentos de aventuras.


Temo magoar-vos com meus caprichos.
E se vos acaricio os pés é mais para sentir a carícia

de vossa pele delicada, tão doce aos lábios,

que por reverência ao sábio que vos habita.


E se vos alcanço os joelhos com minhas mãos

é porque sinto que o vosso coração me chama,

e se ouso mirar os vossos olhos

é porque minha boca deseja guardar segredos

junto às estrelas do vosso céu.


Mestre, meu mestre...

permiti que eu toque vossos cabelos,

tão macios, tão perfumados, canteiro de lírio a céu aberto.

deixai-me sentir o êxtase das pequeninas bolhas de éter

que dançam no ar que respirais.


E eu cantarei para vós a canção que as musas me ensinaram.
E se me levardes ao vosso colo e soprardes levemente a minha testa
eu colocarei em vossa boca os beijos doces que recebi de Eros.

Carmen



quarta-feira, 13 de maio de 2009

entrelaços...





Laços



Procuro a fita de seda
que há pouco bailava
ao sabor do vento
no vazio douroazulado
que sobe do chão
e encosta no céu.
Alguém a viu?


Com ela farei um laço
gracioso
para enfeitar o presente,
que fica sem graça
sem laços e fitas,
sem o brilho do papel.


Pensa num presente
emocionante,
daqueles que se abre devagar
e se vai saboreando,
do desenlaçar dos nós
do laço,
o cuidadoso abrir,
mãos ansiosas,
o pacote,
ao êxtase de tocar
a pérola preciosa
do instante.


Se vires minha fita
vagando pelo teu céu,
recolha-a e guarde-a,
não a deixe flutuar
ao léu,
por favor...
Não imaginas a doçura
de emoções
que ela faz
(res) suscitar.


Pensa num laço feito com amor...



carmen

segunda-feira, 11 de maio de 2009

da série Quem sou eu


imagem by Newill Wyeth
Outono é Amor
remix



Somos como as árvores,
Juntamos folhas e flores nas ramas.
Um belo dia outono vem
e seca-nos, indiferente.


As folhas e as flores caem.
Vão ao chão nossas fátuas chamas.
Mas algo fica, elas, sempre elas,
as sementes.


Ó Terra das delicias
a ser cultivada com amor, adubada com carícias...


Mas, ah, vive-se distraído,
o sono que não sabemos nos separa,
o medo (que, ó, sim, temos), nos fragiliza,
Estamos vulneráveis.


E o presente que ganhamos nos é roubado.
Esquecidos da vida deixamos escapulir a jóia mais preciosa

do tesouro: o anel divino do instante.


Gritam as cigarras:
despertai poetas despertai despertai.


carmen
um dia despertarei



domingo, 10 de maio de 2009

plenilunio eterno


Eterno plenilúnio



Amado Sol,
Queria o eterno plenilúnio.

Primavera infinita,
Flores flores e mais flores.

Perfumes no ar,
All green!

E toda noite, delírio
plenitude na terra do sem fim

Eu em ti, tu em mim,
"e aquele perfume louco de jasmim..."


carmen

ao poeta recém nascido






















Agora que foste dado à luz, j á podes sentir
 a singularidade do teu ser.

Agora louvarás tua própria essência. És rei 
absoluto em teus pulsares.

Tuas vestes reais são invisíveis aos olhares acorrentados
 e aprisionados por conceitos ancestrais.

Agora nasceste.
Infinita é a tela em que pintarás o novo mundo,
Milhões de arcos-iris se derramando em cores
sobre a  tua obra prima.

Jamais alguém viu paisagem assim na terra do sem fim...

Mas, por agora, dorme, sonha,
enquanto a Poesia  te balança o berço.


Carmen Regina 

imagem Google 

passaros...


Imagem by Edmund Dulac



Que nosso ouvir e falar

sejam sempre em uníssono

com os pássaros diVinos...


Voemos, meu irmão,

cantemos canções de amor

à humanidade que nos habita
e à humanidade que nos rodeia.


Seja essa a missão,

Seja a missão o prazer,

Seja o delírio, a poesia

do grande espírito

a escrever através de nós
o poema da existência.



Guerreiros alados sejamos,

meu irmão.

Pássaros de luz

no vácuo do pequeno ponto de luz

que do breu

nos conduz

de volta

ao coração.



carmen




meu dharma é brilhar...


E por muito as contemplar,
Estrelas,
Estrelas seguem para onde segue
meu olhar.
E porque estou aqui
guardam-se
dentro dos teus olhos,
como o Mar
sobre as areias.
O meu dharma em teu olhar:
Brilhar
...




carmen

quinta-feira, 7 de maio de 2009

tu, sempre tu...

Ah!

Agora sou o bando,
o vôo, a revoada,
Sou o pé, o braço, o nó,
Sou toda o vento soprando.

Ah!

Sou milhões de colibris
sobrevoando o teu ninho,
milhões de penas delicadas flutuando
entre o teu mar e o teu céu,

Sou pluma,

para que sintas tua própria leveza,
tua amorosidade,
meu colo, teus braços, abraços,
carícias do uni verso.

Ah,

Que belo universo criei
para te acalentar nas noites frias!
Sinta-me.
Sou eu no dourado dos teus lábios.

Ah! Beijo-os,

E deito neles minha flor mais perfumada,
meu olhar mais humano.
Meu sonhos...


carmen

sábado, 2 de maio de 2009

Ao Poeta do Sol




Impermanência


Poeta, olha pra mim!
Estás vendo um poeta aqui? Nem eu!
Passei a madrugada a procurá-lo na terra do sem fim,
Nem sinal!

Por onde andaria esse filho de Netuno?
Vede: minhas mãos estão cheias de poesia mas,
Sem o olhar do poeta a paixão esfria,
Fica incompleta a poesia.


Eu vos convoco, dos quatro cantos do uni versus,
Vinde, ó amigos da alma!
Juntos, o haveremos de encontrar,
Olhai, olhai, olhai...

Que nada fique sem vistoria
Pétala de flor, relva, sombra ou raio de sol,
Das pedras do chão, cuidai,
Com elas, são horas a filosofar...

Levantai vossos olhos aos telhados e arranha-céus,
Fazei pente fino nos outeiros,
Grão a grão buscai entre as areias à beira mar,
Nos ninhos de passarinhos, em toda brisa que passar.

Olhai os lírios dos campos, as crianças, os animais,
Nas asas dos beija flores, índios, mendigos,
Ancião, catadores de papel e, se a noite chegar,
Olhai para o céu, sondai as estrelas, detei-vos ao luar,

E então, fechai os vossos olhos ... Silenciai.
Ah!... Que cesse todo movimento!
Vai falar a voz do coração nesse momento.
E o que ela nos diz? – “Ouça-me...”



Carmen



sexta-feira, 1 de maio de 2009

traga me o coração quebrantado do poeta



Traga-me o coração

quebrantado do poeta,
Amor meu.
Quero deleitar-me em sua volúpia
surreal
ser trespassada pela flecha
do seu amor.



Um gole,
uma gota que seja
da tua insânia,
E se levantará o verbo
em minha boca
para louvar-te
no céu
di amante.



carmen

Ao Poeta escritor

*





O poeta é um sonhador.
De sonho em sonho
Vai construindo
Um ninho aqui, outro ali,
Mais acolá...

O poeta escreve.
E de verso em verso
A vida inteira vem vindo,
Um poema aqui, outro lá,
Nenhum fica disperso,


Cada poema lindo....
O poeta é uma criança,
Ele dorme no berço
Que a poesia balança...



carmen