A bella tarde se lança
ao espaço entre o dia e a noite.
Gostosa e lânguida,
desce o zíper de seu vestido de seda dourado
para seduzir,
ombros à mostra,
fenda horizontal insinuando-se
no limite entre o céu e o chão,
sentidos aflorados,
chama...
O poeta,
rosa rubra nos lábios,
pena fina na mão,
poema ardendo na ponta da língua,
corre ao seu encontro,
inebriado, encantado, fascinado.
As maçãs exalam, as sereias espiam,
as areias suspiram.
Eu espero sentada
à beira do a mar.
Carmen Regina
Nenhum comentário:
Postar um comentário