segunda-feira, 11 de abril de 2011

peço licença para ler em voz alta




É para ser um belo poema esse dia.
Peço licença para o ler em voz alta,
quem sabe os passarinhos ouçam,
e as flores exalem seus perfumes,
quem sabe meus rebanhos silenciem
e eu possa finalmente ver  sem as cortinas 
do olhar.

Seja este dia um retalho da colcha de eternidade
que o espírito foi criado para bordar, 
E que a humanidade desperte do sono
pela mídia embalado
e que possa ver o que náo tem  paciëncia para perceber,
- o culto desenfreado  ao consumo,
 às tecnologias desafiadas pela Natureza;
e que as autoridades nomeadas pelo povo
honrem as milhóes de vidas ao seu discernimento
confiadas.

Sejam os sonhos infinitos, leves e breves.
Semibreves, colcheias, claves de sol imensas
desenhadas pela pena do amor 
na pauta dourada do coração do poeta...
 Possam nossos ouvidos ouvir a melodia
da flauta de Deus.



Carmen rRegina - foto de Rarindra Prakarsa

6 comentários:

Anônimo disse...

que lindo!

Tornou todo sonho leve e sonoro

Boa semana, Carmen

Vereador PALHACINHO PIMPÃO de Catanduva SP . disse...

A vida é como se fosse uma grande comédia em que todos nós somos atores. Ria e seja feliz! Ass. Palhacinho Pimpão de Catanduva SP. Blog: lordpimpao.blogspot.com

Lu disse...

Acabo de descobrir-te e nem vou dizer o caminho que me trouxe aqui porque numa manhã como essa, é preciso sentir os caminhos e não ditá-los. Mas gostei daqui e do que ofereces.Seu poema é leve e suave como o sol de outono e isso me agrada. Gosto de poder fugir das urbanicidades humanas e mergulhar nos sabores que vivem nas pequenas vilas e aldeias de meus pensamentos. Grata pela possibilidade. bacio

Vinicius Pereira disse...

Espetáculo!

bjs

Anônimo disse...

Fantástico!!!

ManivelasdaMente disse...

Em voz baixa, ou alta voz, (eu preferia a viva voz!) OUVI e até me derreti. Bravo Poeta!