domingo, 19 de abril de 2009

noite...


noite

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A noite colheu o meu corpo com suas mãos quentes e macias
como quem colhe um cacho de uva pronto para ser degustado.

Ela me fez dormir em seus braços e me saboreou.
Mastigou-me inteira, e eu nem senti.

Eu passaria a noite a sós com a tua lembrança mas,
meus olhos estavam ausentes de mim.
A noite me levou e eu nem vi.

Ao acordar, já não havia luar, as estrelas haviam se escondido.
Só ficou a tua presença nenhuma
macia e perfumada, enrolada nos lençóis de cetim
da alcova do meu peito.



carmen

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