sábado, 26 de fevereiro de 2011

Beijo o poema alheio




Beijo o poema alheio e toco meu ser interno.
Há tantas borboletas nas entrelinhas...

Lá vem primavera correndo pela estrada dos versos,
desejosa de esparramar-se em cores e pétalas
nos jardim de inverno.

As madrugadas sussurram no ouvido das fadas,
as pedras despertam em aromas sutis.

Montanhas de nada preenchem o imenso vazio
entre o poema e as mãos do poeta.
A poesia flutua na maciez do grande vácuo
entre as palavras e os sentidos.

Na ponta de cá da gangorra de nuvem 
Eros e Anteros brincam de esconde esconde 
entre as macieiras.

Do lado de lá, na outra ponta da gangorra 
sobre o abismo,
pena fina entre os dentes, o poeta na alma sorri.
Porque tudo é incrível.

@carmenrdias




postado inicialmente em 22 de abril 2009 
editado para twitter em 26 de fevereiro 2011


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2 comentários:

Alfredo Bessow disse...

Gosto de passar por aqui para dar uma chuliada em suas mensagens, em seus poemas...

Ana Cristina disse...

Amo viajar pelas linhas que tu trilhas... Amo!! Beijooo