segunda-feira, 14 de março de 2011

branca flor


















Debruçada na janela, penso nela...
Vida!

Noite estranha, lua ausente, poesia minguante...
Filetes mágicos contornam a tela,
sobem e descem, suave mente.
Meus olhos seguem o trajeto do dejavu
E pousam na brancura das floripôndios.

Exuberância!
Como pode ser tão bela, delicada e sutil?
À luz tênue e amarela que irrompe entre os galhos das árvores
e incidem sobre elas as faz parecer-me  tão mais alva, tão mais macia.

Sinto seus pulsares.
Perfume inefável dança em minhas narinas.
São dezenas delas! Centenas, e se eu não parar de olhar
em instantes serão milhares embriagando-me.
Ninfas!

A alma das flores se levanta do chão para me enlevar
quando me pego pensando nela.
Vida!

Como pode ser tão fascinante...
Abre-se nos dias em que a lua se fecha.
Perfuma  a noite, e táo somente ela.
Aroma doce de mistério...

carmen regina

2 comentários:

Vinicius Pereira disse...

ual!!! Esta é perigosíssima! O índio do Toloache que o diga! Bjs

odila-garcia disse...

Carmen, mais um texto encantador.
Flores belissimas, que me lembram a infância tão distante, pois no quintal de minha casa tinha um pé exatamente igual a esse. Conheço bem essa beleza e esse perfume inefável. Nesse momento parece que o sinto nas entranhas de minhas narinas.
Palavras suaves que encantam até as almas das flores que parecem se levantar do chão fascinando e perfumando a noite com um doce mistério.