Ardência de poeta
Nada me toca tanto.
Hades soprando a acha humana,
acordando as salamandras
da fogueira
(onde ele geme baixinho
enquanto arde),
tornando em cinzas a sua pele macia,
modelando a fogo o seu corpo sutil.
Salamandras ao alto!
Tomara não se distraia com as apsaras...
E que a raposa chinesa
não molhe o rabo
na travessia do grande rio.
Ah, grande sorte ser poeta!
A viagem sempre se completa.
A carruagem de dores que leva o velho
é a mesma que traz
o poeta novo.
carmen
2 comentários:
Rei destronado,
reino dividido
e eu plebeu
à mercê da tríade
força do firmamento.
Por fim
é de mim que vem
o que me surpreende
e faz do Hades da minha coragem
a força dom de (re)nascer.
Ardo neste inferno!
Espero o paraíso que me mereça!
josé heitor Santiago
Grato!
Belíssimo seu A JHS!
bjs,
jhs
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