segunda-feira, 27 de abril de 2009

morrer morrer morrer


Morrer,

morrer e morrer...
Sem paredes pra segurar.
Todavia, os passarinhos cantam,
os raios de sol dançam no ar,
pneus rolam no asfalto,
há um silêncio milenar
que só os domingos conhecem.
Lá adiante a nova semana se insinua,
mais batalhas, mais surpresas,
eventos que não se sabe ainda
porque o sol corre atrás do sol.
O deus Mu dança
frenéticamente,
qual derviche incansável .
Mas, e essa tarde, este sol
lindo descendo em chamas no horizonte,
milhares de garças nas árvores
do outro lado da estrada,
e por sobre as águas...




Penso em tuas palavras: - morrer com fé.


E quase vejo um grão minúsculo de mostarda
saltando por entre as cores do sol
que morre solenemente...
e caindo em minhas mãos.



carmen

Um comentário:

José Heitor Santiago disse...

Há um silêncio milenar que só os “dias do Sol” (Domingos) conhecem e de um grão minúsculo de mostarda poderá nascer a mais afortunada galáxia de esperança ao contentamento da alma que ainda padece imersa nas teias do inconsciente.

Morrer com fé, já é renascer!


Abril abraços,

jhs