quarta-feira, 15 de abril de 2009

o sonho



Sonho...



Foi um sonho.
(ou teria sido um vislumbre do eterno?)
O que num primeiro momento
pareceu medonho,
na tela onírica mostra o renascimento,
primavera em pleno inverno.

Dureza carregar um morto nas costas.
(Zaratustra que o diga)
O tempo todo ali, invisível,
Impedindo que prossigas,
Tu, inerte, mercê do medo intangível.

Vida! Eterno sonhar!
Sonha-se dormindo e estado de alerta,
aqui, ali, além, em outros mundos
que se vai penetrando, pois se pode entrar,
a porta está sempre aberta.

Repousai, mártir do meu ser,
Nossa alma agradece de coração
por ter se lembrado de mim
por ter se despedido,
por tua compaixão.

Agora ide! descansai...
Farei o melhor que puder
e será como Deus quiser
traduzir em arte a tua herança.
Acreditai, eu tenho uma vida inteira
Vede: eu ainda sou criança.




Carmen

Um comentário:

Felipe Santos disse...

Adorei seus poemas.
Nem preciso te dar parabéns,pois você já é parabenizada pela vida.
És uma professora pra mim.