terça-feira, 13 de maio de 2008

O rio não pode morrer ainda...



E porque o rio não pode morrer
sem ver o mar
fez-se acordo com o vento,
e as tempestades,
fez-se acordo com rios maiores,
com afluentes...
Vieram pagés,
vieram índios de toda parte
para dançar a dança da chuva...
Agora chove.
Chove sem parar...
E porque o rio quer chegar
cheio de charme
Fez-se acordo as árvores,
ipês, flamboyant, sibipirunas...
cravos, beijinhos, flores multicores,
vegetação miúda,
fez-se acordo com os passarinhos.
E quando a chuva passar
o rio vai estar bem longe,
bem perto do infinito,
quase chegando no mar.
E por todo o caminho, primavera
ladeando as margens,
E quando o rio chegar no mar...
quantos buquês!
Para te entregar.


...Carmen Regina Dias

Nenhum comentário: