quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sônia é...Prazeres, toques diVinos ....


A Chuva Na Janela


A chuva na janela

Refresca e molha o batente

Onde encharco as mãos e observo

Um espelho que vem de presente

A chuva bate à janela

E reporta há um tempo tão perto

De cheiro de vida, de gosto feliz

Do aroma que vinha de fora

Do abraço gostoso

Que vinha por dentro.

A chuva que bate à janela

Põe olhos molhados

E sonhos vidrados

Para além dessa tela.

Faz brilhos de estrelas

Que trazem teu riso

Que arranco indeciso

De dentro de mim.

E acabo por vê-la

De um jeito ofuscado

Do peito que chove calado

Escorrendo dos olhos

Um tempo de sol

Que segue nublado

Cá dentro de mim.

Sônia C. Prazeres ©


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